Durante vistoria de rotina realizada nesta terça-feira (20), a Polícia Militar do Piauí apreendeu um celular e um tablet na cela onde está presa a vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB). Ela está detida desde o dia 3 de abril, no Quartel do Comando-Geral da PM, no bairro Cristo Rei, zona Sul de Teresina, por suspeitas de integrar facção criminosa, compra de votos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

De acordo com a nota divulgada pela Polícia Militar, os equipamentos foram localizados na sala de Estado Maior — espaço reservado para presos com prerrogativas legais, como advogados e autoridades. A vereadora confessou estar de posse dos aparelhos e afirmou que eles teriam sido entregues por seu advogado.

Confira a nota da PM na íntegra:

“Durante vistoria de rotina realizada nesta terça-feira (20), policiais do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG) localizaram um celular e um tablet na sala de Estado Maior onde encontra-se presa, por determinação judicial, a vereadora de Teresina Tatiana Medeiros.

A vistoria é realizada diariamente nas salas destinadas a presos com prerrogativas legais, como advogados e autoridades, conforme determinações judiciais. As celas utilizadas são improvisadas e adaptadas dentro do QCG para cumprimento das decisões.

Ao ser questionada, a vereadora confessou estar de posse dos equipamentos e informou que os mesmos teriam sido entregues por seu advogado.

A Polícia Militar do Piauí reforça seu compromisso com o cumprimento da legalidade e a fiscalização permanente nas dependências sob sua responsabilidade, comunicando o fato às autoridades competentes para as providências cabíveis.”

A Polícia instaurou um processo administrativo para apurar como os aparelhos chegaram até a cela. Tatiana Medeiros alegava sofrer com crises de ansiedade e vinha realizando consultas online, o que pode ter motivado o uso do tablet — permitido somente com autorização judicial e em horários marcados.

Mesmo afastada das funções, a vereadora continuará recebendo salário de cerca de R$ 25 mil, conforme confirmado pelo presidente da Câmara Municipal. O suplente Leônidas Jr. (PSB) será convocado no dia 4 de junho para ocupar temporariamente a vaga.

“Ela continua vereadora, está apenas afastada do cargo, mas ainda não houve condenação com trânsito em julgado, e por isso mantém seu direito ao salário e à ampla defesa”, afirmou o presidente da Câmara.