Polícia solicita exame de DNA para confirmar paternidade de bebê de adolescente assassinada a facadas em Itaueira

A Polícia Civil do Piauí solicitou a realização de um exame de DNA para confirmar a paternidade do bebê que a adolescente Maria Victória Rodrigues, de 15 anos, esperava quando foi assassinada a facadas no município de Itaueira, a 344 km de Teresina. A informação foi confirmada nesta terça-feira (3) pelo delegado João Ênio, responsável pela investigação do caso.

Segundo o delegado, o material genético já foi coletado e o DNA será comparado ao do ex-namorado da vítima, apontado como possível pai da criança. Maria Victória estava grávida de aproximadamente seis meses quando foi encontrada morta pela própria mãe, no dia 24 de março.

"A previsão é de que o resultado do exame seja divulgado até o fim desta semana. Outras oitivas também estão sendo realizadas para esclarecer detalhes do caso", informou o João Ênio. 

Em abril, o corpo da adolescente chegou a ser exumado para a realização de novos exames periciais, em busca de mais elementos que possam fortalecer a investigação.

No último sábado (31), Ramon Silva Gomes, padrasto da jovem, foi transferido para a Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, em Floriano. Ele foi preso na sexta-feira (30), apontado como suspeito de ter matado a enteada com 10 facadas.

De acordo com o delegado João Ênio, responsável pela investigação, a prisão foi motivada por dados “irrefutáveis e inquestionáveis” obtidos com autorização judicial a partir de operadoras de telefonia, provedores de conexão e de aplicativos.

“Esses dados nos permitiram identificar quem estava no local do crime no momento do crime. Identificamos a presença dele, contrariando frontalmente a versão que ele apresentou à polícia”, afirmou o delegado.

Segundo João Ênio, o homem disse, formal e informalmente, que no dia do crime estava na localidade Pintada, na zona rural do município, na casa dos pais. No entanto, a versão foi contrariada diante da análise técnica.

“Se ele não é executor, se não é mandante, se não é partícipe, então ele seria uma testemunha. Mas essa última opção também não é crível diante das inverdades que ele apresentou. O que temos são provas objetivas, técnicas e robustas. Não podemos detalhar o conteúdo exato desses dados para não comprometer futuras investigações ou instruções processuais, mas os elementos constam nos autos e serão acessíveis à defesa”, declarou o delegado.

Fonte: cidadeverde.com